Simões de Assis anuncia a representação da artista Mika Takahashi


A Simões de Assis anuncia a representação da obra da pintora, desenhista e ilustradora brasileira Mika Takahashi (São Paulo, 1988). A produção da artista emerge de referências visuais do mundo dos sonhos e da memória, ao mesmo tempo que dialoga com um vasto repertório de imagens científicas sobre o universo, tanto em escalas macro quanto microscópicas.

Em seus trabalhos, Takahashi traz manifestações de bioluminescência ou de relações simbióticas entre espécies de insetos, fungos, vegetais e células de diferentes formas de vida. Ao sobrepor camadas de tinta a óleo ou dissolvidas, a artista cria composições abstratas que evocam a dinâmica das formas orgânicas em constante transformação. Cada tela convida quem a observa ao mergulho contemplativo nessa interseção entre realidade, imaginação, ciência e ficção pictórica.

Como estreia de sua representação na Simões de Assis, a galeria apresenta no andar superior de seu espaço em São Paulo, a individual “Noctiluca”. Na exposição, Mika Takahashi investiga a relação entre os reinos da vida - Animalia, Plantae, Fungi e Archaea.

Com influência tanto de pintores impressionistas como da tradição artística japonesa, especialmente do período Edo, a técnica da artista é marcada por uma adaptação do sumiê, que mistura pinceladas intuitivas com sobreposições de camadas de tinta. Suas obras propõem uma alteridade radical, transitando entre ciência e ficção científica, dissolvendo o registro natural e explorando relações entre espécies e seus ambientes.

A individual “Noctiluca” segue em cartaz até o dia 11 de outubro, juntamente à exposição “É pela linha que se desenha: geometrias latino-americanas”, coletiva que ocupa o andar térreo da galeria e reúne nomes de diferentes gerações e contextos - Ana Teresa Barbosa, Carmelo Arden Quin, Eduardo Terrazas, Eamon Ore-Giron, Mano Penalva, Maria Leontina e Olga de Amaral -, abordando temas como pertencimento, migração, práticas artesanais e tensões entre tradição e modernidade.

A coletiva acontece em paralelo à 36ª Bienal de São Paulo, contribuindo com o debate sobre os modos de existir e criar na América Latina contemporânea, marcada pela colonização e por histórias de independência violentas e conturbadas, por movimentos de deslocamento e migração e por uma produção visual que tensiona iconografias locais e perspectivas eurocêntricas da história da arte.

Serviço
Exposições: “Noctiluca”, individual de Mika Takahashi e “É pela linha que se desenha: geometrias latino-americanas”
Abertura: 30 de agosto de 2025, sábado, das 12h às 16h
Período de visitação: 30 de agosto a 11 de outubro de 2025
Local: Galeria Simões de Assis | Alameda Lorena, nº 2050 - Jardins, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 15h
Entrada gratuita

Redação
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